sexta-feira, maio 28, 2010

" Procure ser uma pessoa de valor, em vez de procurar ser uma pessoa de sucesso.
O sucesso é consequência."


Albert Einstein

Quando procurar um Psicopedagogo?

Desde pequenos, apresentamos algumas dificuldades relacionadas ao aprendizado, a qual caracteriza o campo de formação, pesquisa e atuação do Psicopedagogo.

Geralmente, o professor é o primeiro a perceber os sintomas dos distúrbios de aprendizagem na criança conforme dá-se início ao trabalho de alfabetização. Também podemos detectar dificuldades através de atividades motoras como jogos e brincadeiras, antes mesmo do processo de alfabetização. Logo, procurar um psicopedagogo pode afastar desde cedo, problemas importantes de aprendizagem da vida de muitas crianças.

Os pais nem sempre conseguem detectar esses sintomas com facilidade.

Hoje, pais e professores estão deparando-se muito facilmente com Problemas de Aprendizagem com suas crianças e o trabalho do psicopedagogo na prevenção e diagnóstico da dificuldade da criança ou adolescente destaca-se, exigindo um olhar diferente para o ser humano, trabalhando com nova escuta, nova observação e nova intervenção.

Nesse sentido, qualquer que seja a dificuldade do indivíduo em aprender, o Psicopedagogo é o profissional indicado e é por isso que deve ser procurado.



Distúrbio ou Transtorno?

O Transtorno de Aprendizagem é a inabilidade específica na leitura, na expressão escrita ou na matemática em indivíduos que apresentam resultado abaixo do esperado para seu nível de desenvolvimento, escolaridade capacidade intelectual. ( American Psychiatric Association, 1994 ).

Os Transtornos de Aprendizagem afetam a habilidade da pessoa de falar, escutar, ler, escrever, soletrar, pensar, recordar, organizar informações ou aprender a matemática. Os transtornos de aprendizagem não podem ser curados. Duram para a vida toda.

De acordo com a definição estabelecida em 1981 pelo National Joint Comittee for Learning Disabilities (Comitê Nacional de Dificuldades de Aprendizagem), nos Estados Unidos da América, Distúrbio de aprendizagem é um termo genérico que se refere a um grupo heterogêneo de alterações manifestas por dificuldades significativas na aquisição e uso da audição, fala, leitura, escrita, raciocínio ou habilidades matemáticas. Estas alterações são intrínsecas ao indivíduo e presumivelmente devidas à disfunção do sistema nervoso central. Apesar de um distúrbio de aprendizagem poder ocorrer concomitantemente com outras condições desfavoráveis (por exemplo, alteração sensorial, retardo mental, distúrbio social ou emocional) ou influências ambientais (por exemplo, diferenças culturais, instrução insuficiente/inadequada, fatores psicogênicos), não é resultado direto dessas condições ou influências. Collares e Moysés, 1992: 32)

A Dificuldade de Aprendizagem está relacionada a vários fatores como:

Fatores Emocionais;

Fatores Orgânicos;

Fatores Específicos;

Fatores Ambientais.

Deve-se considerar também aspectos psíquicos, que em muitos casos são responsáveis pelo baixo rendimento escolar.

A aprendizagem depende basicamente da motivação. Muitas vezes o que se chama de dificuldade de aprendizagem é basicamente "dificuldade de ensino". Cada indivíduo aprende de uma forma diferente, conforme seu canal perceptivo preferencial. Quando o que lhe é ensinado não o motiva suficientemente, ou lhe chega de forma diferente de seu canal preferencial (de acordo com o canal preferencial de quem lhe ensina), então a compreensão ou o aprendizado não se completa.

A massificação do ensino tem contribuído muito ao aparecimento e aumento dos "distúrbios de aprendizagem".

Quando a aprendizagem não se desenvolve conforme o esperado para a criança, para os pais e para a escola ocorre a "dificuldade de aprendizagem". É necessário a identificação do problema, esforço, compreensão, colaboração e flexibilização de todas as partes envolvidas no processo: criança, pais, professores e orientadores.

O que se vê normalmente é a criança desestimulada, achando-se "burra", sofrendo, os pais sofrendo, pressionando a criança e a escola, pulando de escola em escola, e esta pressionando a criança e os pais, todos insatisfeitos.

É necessário o reconhecimento do problema por um profissional adequado, com treino específico da dificuldade a fim de que a criança supere suas dificuldades, com esforço, colaboração da família e da escola em conjunto acompanhando as etapas de evolução da criança.

A dificuldade mais conhecida e que vem tendo grande repercussão na atualidade é a dislexia, porém, é necessário estarmos atentos a outros sérios problemas: disgrafia, discalculia, dislalia, disortografia e o TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade).

DISLALIA


É o transtorno de linguagem mais comum em crianças e o mais fácil de se identificar. A dislalia é um distúrbio da fala que se caracteriza pela dificuldade de articulação de palavras: o portador da dislalia pronuncia determinadas palavras de maneira errada, omitindo, trocando, transpondo, distorcendo ou acrescentando fonemas ou sílabas a elas.

Quando se encontra um paciente dislálico, deve-se examinar os órgãos da fala e da audição a fim de se detectar se a causa da dislalia é orgânica (mais rara de acontecer, decorrente de má-formação ou alteração dos órgãos da fala e audição), neurológica ou funcional (quando não se encontra qualquer alteração física a que possa ser atribuída à dislalia).

A dislalia também pode interferir no aprendizado da escrita tal como ocorre com a fala.

A maioria dos casos de dislalia ocorre na primeira infância, quando a criança está aprendendo a falar. As principais causas, nestes casos, decorrem de fatores emocionais, como, por exemplo, ciúme de um irmão mais novo que nasceu, separação dos pais ou convivência com pessoas que apresentam esse problema (babás ou responsáveis, por exemplo, que dizem “pobrema”, “Framengo”, etc.), e a criança acaba assimilando essa deficiência.

É o transtorno de linguagem mais comum em meninos, e o mais conhecido e mais fácil de se identificar. Pode apresentar-se entre os 3 e os 5 anos, com alterações na articulação dos fonemas. O diagnóstico de um menino com dislalia, revela-se quando se nota que é incapaz de pronunciar corretamente os sons vistos como normais segundo sua idade e desenvolvimento. Uma criança com dislalia, pode substituir uma letra por outra, ou não pronunciar consoantes.

DISCALCULIA

A discalculia é uma má formação neurológica que provoca transtornos na aprendizagem de tudo o que se relaciona a números, como fazer operações matemáticas, fazer classificações, dificuldade em entender os conceitos matemáticos, a aplicação da matemática no cotidiano e na sequenciação numérica. Acredita-se que a causa dessa má formação pode ser genética, neurobiológica ou epidemiológica.

Normalmente, crianças e qualquer outra pessoa que possui tal distúrbio apresentam sinais como dificuldade com tabuadas, ordens numéricas, dificuldades em posicionar os números em folha de papel, dificuldade em somar, subtrair, multiplicar e dividir, dificuldade em memorizar cálculos e fórmulas, dificuldade em distinguir os símbolos matemáticos, dificuldade em compreender os termos utilizados.

Algumas das dificuldades ainda existentes em pessoas com discalculia é também caracterizada na dislexia, distúrbio que apresenta dificuldade em ler, escrever e soletrar, pois a pessoa com necessidade educativa especial possui dificuldade em interpretar o enunciado dos exercícios e dos conceitos matemáticos.

A discalculia já pode ser notada a partir da pré-escola, quando a criança tende a ter dificuldades em compreender os termos já utilizados, como igual, diferente, porém somente após a introdução de símbolos e conceitos mais específicos é que o problema se acentua e sim já pode ser diagnosticado.

Existem métodos que podem facilitar a vida dessas pessoas quando necessitam da matemática. Para melhorar o seu desempenho, o professor deve permitir que o indivíduo utilize tabuada, calculadora, cadernos quadriculados e elaborar exercícios e provas com enunciados mais claros e diretos. Ainda pode estimular o indivíduo passando trabalhos de casa com exercícios repetitivos e cumulativos.

FONTE: Mundo Educação » Doenças

DISLEXIA

É uma dificuldade primária do aprendizado abrangendo: leitura, escrita, e soletração ou uma combinação de duas ou três destas dificuldades. Caracteriza-se por alterações quantitativas e qualitativas, total ou parcialmente irreversíveis . É o distúrbio (ou transtorno) do aprendizado mais freqüentemente identificado na sala de aula. A dislexia não é o resultado de má alfabetização, desatenção, desmotivação, condição sócio-econômica ou baixa inteligência. Ela pode atingir igualmente pessoas das raças branca, negra ou amarela, ricas e pobres, famosas ou anônimas, pessoas inteligentes ou aquelas mais limitadas.

A dislexia tem sido relacionada a fatores genéticos, acometendo pacientes que tenham familiares com problemas fonológicos, mesmo que não apresentem dislexia. As alterações ocorreriam em um gene do cromossomo 6 . A dislexia, em nível cognitivo- lingüístico, reflete um déficit no componente específico da linguagem , o módulo fonológico, implicado no processamento dos sons da fala.

Sinais indicadores de dislexia:

A dificuldade de ler, escrever e soletrar mostra-se por dificuldades diferentes em cada faixa etária e acadêmica.

FONTE: ABC da Saúde

DISGRAFIA

Disgrafia é uma alteração da escrita normalmente ligada a problemas perceptivo-motores.
Sabe-se que é necessário adquirir certo desenvolvimento ao nível de:

• coordenação visuo-motora para que se possam realizar os movimentos finos e precisos que exigem o desenho gráfico das letras;
•da linguagem, para compreender o paralelismo entre o simbolismo da linguagem oral e da linguagem escrita;
•da percepção que possibilita a discriminação e a realização dos caracteres numa situação espacial determinada; cada letra dentro da palavra, das palavras na linha e noa conjunto da folha de papel, assim como o sentido direccional de cada grafismo e da escrita em geral.
A escrita disgráfica pode observar-se através das seguintes manifestações:

- traços pouco precisos e incontrolados;
- falta de pressão com debilidade de traços;
- ou traços demasiado fortes que vinquem o papel;
- grafismos não diferenciados nem na forma nem no tamanho;
- a escrita desorganizada que se pode referir não só a irregularidades e falta de ritmo dos signos gráficos, mas também a globalidade do conjunto escrito;
- realização incorrecta de movimentos de base, especialmente em ligação com problemas de orientação espacial, etc.


DISORTOGRAFIA

A disortografia consiste numa escrita, não necessariamente disgráfica, mas com numerosos erros, que se manifesta logo que se tenham adquirido os mecanismos da leitura e da escrita.
Um sujeito é disortográfico quando comete um grande número de erros. Entre os diversos motivos que podem condicionar uma escrita desse tipo, destacamos os seguintes:

•Alterações na linguagem: um atraso na aquisição e/ou no desenvolvimento e utilização da linguagem, junto a um escasso nível verbal, com pobreza de vocabulário (código restrito), podem facilitar os erros de escrita.

Dentro desta área estão os erros originados por uma alteração específica da linguagem, como são os casos das dislálias e/ou disartrias.

•Erros na percepção, tanto visual como auditiva: fundamentalmente estão baseados numa dificuldade para memorizar os esquemas gráficos ou para discriminar qualitativamente os fonemas.
•Falhas de atenção: se esta é instável ou frágil, não permite a fixação dos grafemas ou dos fonemas correctamente.
•Uma aprendizagem incorrecta da leitura e da escrita, especialmente na fase de iniciação, pode originar lacunas de base com a consequente insegurança para escrever. Igualmente, numa etapa posterior, a aprendizagem deficiente de normas gramaticais pode levar à realização de erros ortográficos que não se produziriam se não existissem lacunas no conhecimento gramatical da língua.
Muitas destas alterações entroncam a disortografia com a dislexia, ao ponto de, para muitos autores, a disortografia ser apontada como uma sequela da dislexia.

FONTE:http://meduc.fc.ul.pt/

TDAH

O TDAH - Déficit de Atenção é uma condição de base orgânica, que tem por principais características dificuldades em manter o foco da atenção, controle da impulsividade e a agitação - que é a hiperatividade. É também chamado de DDA, THDA, TDAHI, entre outras siglas.

O que significa “base orgânica”? Significa que, nos portadores do TDAH, há uma estrutura cerebral que não “trabalha” como seria esperado. Esta estrutura é chamada de lobo pré-frontal - é uma área do córtex cerebral localizada na parte da frente da cabeça, entre a testa e o meio do crânio. Esta área é formada por milhões de células cerebrais, chamadas neurônios. Quando o córtex pré-frontal tem seu funcionamento comprometido, a pessoa passa a enfrentar muitas dificuldades, entre elas problemas com concentração, memória, hiperatividade e impulsividade.

O diagnóstico do TDAH (DDA) - Déficit de Atenção começa com uma extensa análise clínica do caso por um especialista em TDAH e co-morbidades, quando são analisadas as características cognitivas, comportamentais e emocionais relacionadas à presença ou não da impulsividade, hiperatividade e impulsividade.

A partir daí, a depender das características do caso, o especialista pode solicitar outros testes e exames, desde exames físicos até avaliação cognitiva, neuropsicológica, comportamental e/ou emocional. Conheça os procedimentos do IPDA e programas de avalição / testes para Diagnóstico Diferencial.

O diagnóstico do TDAH não deve ser baseado exclusivamente em listas de sintomas - apenas ter muitos dos sintomas não significa que, necessariamente, alguém é portador do TDAH. Há várias outras causas que podem mimetizar os sintomas do TDAH ou até mesmo ocorrerem simultaneamente a ele - o que é chamado de co-morbidade. Além disso, há mais de um tipo de TDAH.

Um bom diagnóstico é pré-requisito para o sucesso do tratamento. Um diagnóstico completo só pode ser realizado por um especialista. Se houver suspeita de TDAH, procure um profissional especializado para uma avaliação completa. Somente um especialista podera excluir outros problemas que podem mimetizar os sintomas de TDAH, como falta de atenção, hiperatividade física ou mental, impulsividade, falta de auto-controle, problemas com memória, organização, gerenciamento do tempo, etc.

FONTE: http://www.dda-deficitdeatencao.com.br

quinta-feira, maio 27, 2010

O silêncio dos adolescentes



Os pais desejam falar com os seus filhos adolescentes e saber o que pensam, sentem e fazem, mas os jovens não falam...Isto é normal?

Os pais desejam falar com os seus filhos adolescentes e saber o que pensam, sentem e fazem, mas os jovens não falam...Isto é normal?

"Às vezes sinto que falar com uma parede é mais fácil do que arrancar uma palavra ao meu filho", diz uma mãe, que logo acrescenta: "quando responde com monossílabos sinto que tivemos uma grande conversa".

Claramente, esta é a fase do silêncio. A nova forma de comunicar-se é o silêncio ou, no melhor dos casos, as frases entrecortadas. Alguns livram-se de cair nesta etapa, mas são muito poucos. Por isso, é normal encontrar tantos pais desesperados com a indolência dos seus filhos. Tomar consciência do que se trata e de por que acontece é uma boa ajuda, pois assim é possível aprender o lado positivo, que neste caso, não é pequeno.

Durante a infância as crianças estão completamente viradas para o mundo exterior, comunicam e recebem ordens sem problemas. Mas na puberdade, e fazendo isso parte de um processo absolutamente normal, começam a ter uma maior preocupação por outros aspectos de si mesmos. No início, isto toma a forma de introversão passiva, para ir progressivamente tornando-se ativa, e caracteriza-se por:

1. O jovem desvia o interesse do mundo exterior, para se concentrar cada vez mais em si próprio.
2. Procura diferenciar-se de todo o resto e, por esse motivo, rompe com a autoridade, tanto dos pais como dos professores. Procura autonomia, o que por vezes implica um período de crítica, e lhe faz perder, por exemplo, o interesse em participar nas atividades familiares.
3. Na parte final do conhecimento, cresce a fantasia, através da qual compensa as inseguranças que experimenta no mundo real. Por isso é tão difícil falar com ele: está no seu próprio mundo.
4. No campo das amizades, afasta-se dos grandes grupos e nasce a época do melhor amigo ou amigo íntimo, sem que esteja necessariamente excluída uma intensa vida social.

A conseqüência final: uma criança isolada que se torna calada e completamente egocêntrica. O objetivo: desligar-se de tudo o que é exterior para melhor conhecer a sua interioridade e se encontrar com a sua intimidade. Precisam de um certo isolamento para pensarem e refletirem acerca de quem são, das suas novas experiências e formas de sentir o mundo.

Há uma espécie de retiro e um abandonar-se a não fazer nada; podem passar um dia inteiro fechados. Quando crescem um pouco mais, o silêncio mantém-se, mas é acompanhado de uma procura de modelos com os quais se identificam, para criarem um ideal de si mesmos.

Em resumo, a filósofa Carolina Dell Oro explica que o adolescente se apercebe de que tem algo dentro de si, e quer desenvolvê-lo. É o momento em que algo nasce, e para se descobrir precisa estar só e calado.

Resgatando o silêncio

O que é mais normal com esta atitude é que os pais percam a paciência. Mas é importante que eles tomem consciência de que se trata de um processo de conhecimento. Assim, tendo em conta certos pontos, e sabendo quais são as consequências positivas, será mais fácil compreender os anos de introversão.

Para isso a psicóloga Beatriz Zegers, explica um importante ponto de partida: ''No mundo atual, as pessoas tornaram-se mais intolerantes perante os silêncios individuais. Vivemos num ambiente que é extremamente extrovertido: tudo se fala, tudo se diz e não se respeitam os momentos de silêncio, que são fundamentais para o desenvolvimento da intimidade''. Isto não significa que o adolescente corte a comunicação verbal para sempre e não tenha mais nada para contar: também há momentos em que se envolvem, e isto é normal, mas nesta fase são menos freqüentes.

E como o silêncio é o estado normal, um segundo ponto é que: "o estar calado é também uma forma de comunicação. Dão-se informações através das palavras, mas também através do silêncio, por isso, os adolescentes estão a dizer-nos alguma coisa. Nós, os pais, devemos desenvolver a habilidade de decifrar o que está acontecendo''.
O silêncio normal nesta idade é o explicado anteriormente, quer dizer, que ele tem a ver com a procura da intimidade, é uma reflexão que se exprime com a tendência ao isolamento. Este silêncio, porém, é diferente do silêncio que é acompanhado de hostilidade, ou de problemas de relacionamento com os pais, ou de baixo rendimento escolar. ''Aqui o silêncio tem outro significado: é um problema que tem de ser solucionado ''. Quanto mais áreas este silêncio comprometa, mais preocupante é.

Se o silêncio é excessivo, pois provoca uma ruptura total com os outros, isso já é negativo.

Para uma vida melhor

O silêncio reflexivo que acontece na fase da adolescência é fundamental. Beatriz Zegers afirma: ''Sem silêncio privamo-nos da possibilidade de nos ouvirmos a nós mesmos, perdemos a capacidade de desenvolver a contemplação e a meditação ''.

De fato, uma das características próprias do ser humano é a capacidade de entrar na sua própria intimidade e, segundo Carolina Dell Oro, é precisamente na adolescência que se amadurece e solidifica o mundo interior. '' A adolescência é o principio de um crescimento qualitativo, onde nasce a consciência da própria intimidade, que é fundamental para a revelação como pessoa''.

Portanto, há que deixar de pensar que esta é uma fase obscura e crítica. Pelo contrario, é o momento mais determinante da pessoa, pois é o momento no qual, em silêncio, o indivíduo examina toda a sua infância, descobre o mundo interior e prepara a sua idade adulta de maneira a saber agir no futuro, como alguém que pensa e não porque assim fazem todos.

Carolina acrescenta: '' Uma pessoa que tem um bom mundo interior age a partir de si mesmo, com menor perigo de se deixar levar por qualquer disparate. É uma criança que, sem duvida, terá uma vida melhor ''.

Como nos entendemos?

Por muito positivo que seja tudo o que surge do silêncio reflexivo, aos pais, no dia a dia, tanta impassibilidade pode pôr-lhes os cabelos em pé, sobretudo, se dão conta de que, apesar das maiores tentativas para falar com o ''semi-mudo'', não ouvem resposta nenhuma. Para não caírem em desespero e saberem como agir, Carolina Dell Oro dá algumas recomendações chave:

1. Conhecer o processo. A primeira das chaves é tomar consciência do processo que a criança está vivendo. "Ela está num momento de ajustes, está desconcertada, não se dirige, está lenta, e ter isso em conta é fundamental para não ser violento com ela e, pelo contrario, encher-se de paciência". Além disso, é importante compreender que a atividade exterior não é a única alternativa; a atividade interior também é fundamental.

2. Estar e acompanhar. Como ação concreta, o mais recomendado é a companhia. "Acompanhar e estar aí, junto deles, é a melhor forma de comunicação. Há que evitar cair na tentação de que: como não me fala deixo-o sozinho", afirma a filósofa, que acrescenta: "é um estar presente que não implica nem falar nem ralhar, mas apenas garantir que desses pensamentos que deslumbram o adolescente se obtenham bons resultados".

3. Saber esperar. A paciência vale ouro, porque para esses resultados há que esperar um pouco, respeitando o silêncio, evitando zangar-se por não haver resposta. "Tem que se ser delicado na relação com os filhos e não os aborrecermos com perguntas e com temas sem sentido. Isso não vai resultar. O melhor é criar situações de silêncio e de contato pessoal e direto, marcando sempre o limite do que é correto e permitido". Desta maneira, uma criança que sente que a respeitam, finalmente, no fim da sua adolescência, será, sem dúvida, capaz de exprimir os seus pensamentos e combinar muito bem as duas perspectivas humanas: a intimidade e a capacidade de agrupar-se com os outros.

Quando alarmar-se

1. quando o silêncio é acompanhado de manifesta agressividade;
2. quando a má relação com os pais e professores exigir outras causas que não simplesmente a adolescência;
3. quando existam suspeitas fundadas de que o filho não anda por bons caminhos;
4. quando existam quebras do rendimento escolar.

Guardar os limites

Se bem que a recomendação seja respeitar o silêncio dos adolescentes e permitir-lhes que desenvolvam um mundo próprio, para tudo há limites, e estes devem ser devidamente estabelecidos:

- Está bem que ouçam a sua música e que adorem estar enfiados nos fones do ''walkman'', mas isto não deve ser feito à hora da refeição.
- Que não se preocupem com os irmãos nas 24 horas do dia, é normal e aceitável, mas se por uma razão especial isso for necessário, devem estar dispostos a encarregarem-se deles.
- Se caminham pela rua arrastando os pés, de tal maneira que pareça que vão desmaiar, aceite, porque é possível que tenham tido uma importante atividade física, por exemplo, na escola.
- É normal que não lhe agrade ensinar matemática à irmã mais nova, mas que o faça sem problemas ao amigo. Não é preocupante. O mesmo se passa com as obras sociais: gosta de visitar asilos, mas não se dá conta de que em casa está alguém doente. Isso é normal e está dentro dos limites, mas também é superável.

(Traduzido no site Aldeia por Ana Palma. Fonte:Encuentra.com - www.encuentra.com )

Estudo mostra que televisão limita o diálogo entre mães e filhos


Estudo mostra que televisão limita o diálogo entre mães e filhos

Crianças de pouca idade, expostas à televisão e vídeos em lares de baixos níveis socioeconômicos são propensas a manter limitadas interações verbais com suas mães, segundo um estudo-pesquisa publicado hoje na revista "Archives of Pediatrics and Adolescent Medicine" (Arquivos de Medicina Pediátrica e Adolescente).

"A televisão educativa não é uma solução", afirmou Alan Mendelsohn, diretor de investigação clínica no Departamento de Pediatria da Escola de Medicina, na Universidade de Nova Iorque.

Quando o televisor está ligado em qualquer tipo de programa, ou enquanto está passando um vídeo, o contato verbal entre pais e filhos menores é limitado, determinou o estudo.

A pesquisa apontou, por outro lado, que quando se trata de programas educativos, acompanhados conjuntamente pela mãe e seus filhos, a interação entre eles tende a aumentar um pouco.

A mesma pesquisa assinalou, entretanto, que tal programação de TV, chamada educativa, não promove, por si só, situações em que pais e filhos assistam juntos à televisão, de modo que não contribui efetivamente para a desejada interação verbal.

O que ocorre, com freqüência, é que a mãe liga a televisão para que as crianças se entretenham com os programas educativos, enquanto ela se ocupa de outras tarefas da casa, assinalaram os especialistas no assunto.

"Nossas conclusões são especialmente significativas, uma vez que as interações entre pais e filhos apresentam inúmeras e enormes ramificações para o desenvolvimento infantil, que deveria se dar mais cedo, assim como para o progresso escolar e seu êxito durante a adolescência", pontuou Mendelsohn.

Devido a estas conclusões, o estudo sustenta a recomendação da Academia Estadunidense de Pediatria para que não se permita a meninos e meninas menores de dois anos assistirem a qualquer tipo de programação televisiva.

A Fundação Familiar Kaiser, em outro estudo-pesquisa, afirmou que 61 por cento das crianças abaixo de dois anos de idade estão expostas à televisão nos Estados Unidos.

O estudo da Universidade de Nova Iorque indicou que 97 por cento das crianças de seis meses de idade já ficam expostas a programas televisivos ou radiofônicos, a duas horas por dia, em média.

As conclusões deste trabalho também apresentam implicações para os médicos e demais pessoal qualificado em assistência da saúde, que trabalham junto a pais e mães de crianças pequenas, muitas das quais ficam expostas à televisão e aos vídeos, conforme afirmação de Mendelsohn.

O mesmo estudo aconselhou aos pediatras e pessoal ligado à área médica no trabalho com as crianças, que recolham todo tipo de informação sobre este aspecto da vida de seus pacientes, com dados sobre o tempo de exposição aos meios-mídia e o tipo de programação em causa.

Por outro lado, recomendou-se que enquanto houver probabilidade de que se mantenha tal tipo de exposição, os pais e mães permitam que seus filhos assistam somente a programas educativos, e mesmo assim só em caso de estar presente ou o pai ou a mãe dessas crianças.

Mendelsohn insistiu em que os médicos pediatras deveriam incentivar os progenitores para que aumentem a sua interação verbal com seus filhos menores durante as atividades diárias, independentemente dos horários de exposição aos meios-mídia, como pode e deveria ocorrer durante as refeições, brincadeiras ou leituras.

"O que nos preocupa é que pais e mães considerem os programas educativos somente como uma oportunidade para deixarem seus filhos frente ao televisor, em vez de se assentarem para assitir a esses programas em companhia deles, conversando com as crianças e com elas interagindo durante o programa", indicou Mendelsohn.

"Uma audiência passiva de programas de televisão não conduz a uma interação entre a criança e sua mãe", determinou.

Para maior informação, recomendamos que se consulte o documento oficial em: http://archpedi.ama-assn.org/cgi/content/full/159/7/614

O Papel do Professor

O professor é o grande agente do processo educacional, diz o Dr. Gabriel Chalita, autor do livro "Educação - a solução está no afeto". E ele prossegue: "A alma de qualquer instituição de ensino é o professor. Por mais que se invista na equipagem das escolas, em laboratórios, bibliotecas, anfiteatros, quadras esportivas, piscinas, campos de futebol - sem negar a importância de todo esse instrumental -, tudo isso não se configura mais do que aspectos materiais se comparados ao papel e à importância do professor."

Mas, professor Gabriel, perguntamos, há quem afirme que o computador irá substituir o professor, e que nesta era em que a informação chega de muitas maneiras, o professor perdeu sua importância. Ele responde, com serenidade: "O computador nunca substituirá o professor. Por mais evoluída que seja a máquina, por mais que a robótica profetize evoluções fantásticas, há um dado que não pode ser desconsiderado: a máquina reflete e não é capaz de dar afeto, de passar emoção, de vibrar com a conquista de cada aluno. Isso é um privilégio humano."

Deste ponto em diante, deixaremos que a entrevista siga como monólogo, porque quem tem ouvidos de ouvir, que ouça.

"Pode-se ter todos os poemas, romances ou dados no computador, como há nos livros, nas bibliotecas; pode até haver a possibilidade de buscar informações pela Internet, cruzar dados num toque de teclas, mas falta a emoção humana, o olhar atento do professor, sua gesticulação, a fala, a interrupção do aluno, a construção coletiva do conhecimento, a interação com a dificuldade ou facilidade da aprendizagem.
Os temores de que a máquina possa vir a substituir o professor só atingem aqueles que não têm verdadeiramente a vocação do magistério, os que são meros informadores desprovidos de emoção. Professor é muito mais do que isso. Professor tem luz própria e caminha com pés próprios. Não é possível que ele pregue a autonomia sem ser autônomo; que fale de liberdade sem experimentar a conquista da independência que é o saber; que ele queira que seu aluno seja feliz sem demonstrar afeto. E para que possa transmitir afeto é preciso que sinta afeto, que viva o afeto. Ninguém dá o que não tem. O copo transborda quando está cheio; o mestre tem de transbordar afeto, cumplicidade, participação no sucesso, na conquista de seu educando; o mestre tem de ser o referencial, o líder, o interventor seguro, capaz de auxiliar o aluno em seus sonhos, seus projetos.
A formação é um fator fundamental para o professor. Não apenas a graduação universitária ou a pós-graduação, mas a formação continuada, ampla, as atualizações e os aperfeiçoamentos. Não basta que um professor de matemática conheça profundamente a matéria, ele precisa entender de psicologia, pedagogia, linguagem, sexualidade, infância, adolescência, sonho, afeto, vida. Não basta que o professor de geografia conheça bem sua área e consiga dialogar com áreas afins como história; ele precisa entender de ética, política, amor, projetos, família. Não se pode compartimentar o conhecimento e contentar-se com bons especialistas em cada uma das áreas.
Para que um professor desempenhe com maestria a aula na matéria de sua especialidade, ele precisa conhecer as demais matérias, os temas transversais que devem perpassar todas elas e, acima de tudo, conhecer o aluno. Tudo o que diz respeito ao aluno deve ser de interesse do professor. Ninguém ama o que não conhece, e o aluno precisa ser amado! E o professor é capaz de fazer isso. Para quem teve uma formação rígida, é difícil expressar os sentimentos; há pessoas que não conseguem elogiar, que não conseguem abraçar, que não conseguem sorrir. O professor tem de quebrar essas barreiras e trabalhar suas limitações e as dos alunos.
Não há como separar o ser humano profissional do ser humano pessoal. Certamente o professor, como qualquer pessoa, terá seus problemas pessoais, chegará à escola mais sisudo que o habitual e terá mais dificuldade em desempenhar seu trabalho em sala de aula. Os alunos notarão a diferença e a eventual impaciência do professor nesse dia, mas eles não sabem os motivos da sisudez do mestre e podem interpretar erroneamente. Exatamente por isso é preciso cuidar para que contrariedades pessoais não venham à tona, causando mágoas e ressentimentos.
Ao enfrentar problemas de ordem pessoal o professor deve procurar o melhor meio para sair do estado de espírito sombrio e poder desempenhar seu trabalho com serenidade. A leitura dos clássicos, o contato com a arte, com a natureza, uma boa terapia, uma reflexão mais profunda sobre a contrariedade por que se está passando pode ajudar muito. Ninguém é mau em essência, como já dissemos, mas um professor descontrolado deve rever seu comportamento sob pena de ser mal interpretado por seus alunos.
Sabe-se que a dificuldade financeira é um obstáculo para a maior parte dos professores deste país, mas não pode servir de desculpa: há numerosos programas culturais gratuitos, há bibliotecas públicas, a natureza está aí e não cobra nada para ser contemplada. Não se trata de ignorar a lamentável situação em que se encontram os professores no que diz respeito aos patamares salariais. Essa classe vem sendo tratada com desrespeito pela grande maioria dos administradores públicos do país. Para obras de cimento e cal sempre há dinheiro, para um salário digno de quem forma o cidadão brasileiro não há verbas. Entretanto, isso não pode ser desculpa para a acomodação, para a negligência ou para a impaciência. O professor tem o direito constitucional de fazer greve e ninguém pode deixar de respeitá-lo por isso, mas não tem o direito de ser negligente, incompetente, displicente, porque o aluno não tem culpa. Se o problema é com os administradores, eles é que devem ser enfrentados. É melhor entrar em greve, com todos os problemas decorrentes disso, do que dar uma aula sem alma apenas porque não se ganha o suficiente.
Desde os primórdios da cultura grega, o professor se encontrar em uma posição de importância vital para o amadurecimento da sociedade e a difusão da cultura. As escolas de Sócrates, Platão e Aristóteles demonstram a habilidade que tinham os pensadores para discutir os elementos mais fundamentais da natureza humana. Não perdiam tempo com conteúdos engessados. Discutiam o que era essencial. Sabiam o que era essencial porque viviam da reflexão, e a aula era o resultado de um profundo processo de preparação. Assim foi a escola de Abelardo, com os alunos quase extasiados pelo carisma do professor e pela forma envolvente e sedutora como eram tratados os temas. Sócrates andava com seus alunos e ironizava a sociedade da época com o objetivo de fazê-los pensar, de provocar-lhes a reflexão, o senso crítico. Não se conformava com a passividade de quem acha que nada sabe e nunca conseguirá sabem nem com a arrogância de quem acredita que tudo sabe e, portanto, nada mais há que mereça ser estudado ou refletido.
Jesus Cristo, o maior de todos os mestres da humanidade, contava histórias, parábolas e reunia multidões ao seu redor, fazendo uso da pedagogia do amor. Quem era esse pregador que falava de forma tão convincente, ensinava sobre um novo reino e olhava nos olhos com a doçura e a autoridade de um verdadeiro mestre? A multidão vinha de longe para ouvi-lo falar, para aprender sobre esse novo reino e sobre o que seria preciso fazer para alcançar a felicidade. O grande mestre não precisava registrar as matérias, não se desesperava com o conteúdo a ser ministrado nem com a forma de avaliação, se havia muitos discípulos ou não. Jesus sabia o que queria: construir a civilização do amor. E assim navegava em águas tranqüilas, na maré correta, com a autoridade de quem tem conhecimento, de quem tem amor e de quem acredita na própria missão.
Sócrates e Cristo foram educadores, formaram pessoas melhores. Não há como negar que os numerosos profetas ou os simples contadores de história conseguiram tocar e educar muito mais do que qualquer professor que saiba de cor todo o plano curricular e tudo o que o aluno deve decorar para ser promovido. Ninguém foi obrigado a seguir a Cristo, não havia lista de presença nem chamada, e mesmo assim a multidão se encantava com seus ensinamentos - ele tinha o que dizer e acreditava no que dizia, por isso foi tão marcante.
O professor precisa acreditar no que diz, ter convicção em seus ensinamentos para que os alunos também acreditem e se sintam envolvidos. Precisa de preparo para ir no rumo certo e alcançar os objetivos que almeja.
O professor que não prepara as aulas desrespeita os alunos e o próprio ofício. É como um médico que entra no centro cirúrgico sem saber o que vai fazer e sem instrumentação adequada. Tudo na vida exige uma preparação. Uma aula preparada, organizada, com o conteúdo refletido muito provavelmente será bem sucedida. Aula previamente preparada não significa aula engessada: não lhe dará o direito de falar compulsivamente, sem permitir intervenção do aluno, não dialogar com a vida, não dar ensejo a dúvidas; o professor não deixará de discutir outros temas que surgirem apenas porque tem que cumprir o roteiro de aula que preparou. Pode até ocorrer que ele dê uma aula diferente daquela que planejou, mas isso é enriquecedor.
Preparação é planejamento. Muitos professores fazem o planejamento do início do ano de qualquer maneira, apenas para cumprir exigências formais. É lamentável. Se o professor investir tempo refletindo cada item de seu planejamento, sem dúvida terá muito menos trabalho durante o ano para o cumprimento de seus objetivos porque planejou, sabe onde quer chegar, sabe o tipo de habilidade que precisa ser trabalhada e como avaliar o processo do aluno.
A partir da minha experiência por meio de contatos no Brasil e fora daqui, passo agora a compor um quadro com os tipos mais comuns de professor que se pode encontrar. Como todo o respeito que merece a categoria como um todo, nota-se freqüentemente a recorrência dos mesmos gêneros de atuação em sala.


PROFESSOR ARROGANTE

Ele se acha o detentor do conhecimento. Fala de si o tempo todo e coloca os alunos em um patamar de inferioridade. Ao menor questionamento, pergunta quantas faculdades já fez o aluno, se já escreveu algum livro, se já defendeu teses, para se mostrar superior. Gosta de parecer um mito; teima em propalar, às vezes inventando, os elogios que recebe em todos os congressos dos quais participa; conta histórias a respeito de si mesmo para mostrar quanto é competente e querido. Não gosta de ser interrompido, não presta atenção quando algum aluno quer lhe contar um feito seu. Só ele interessa; só ele se basta.
O que se pode dizer é que o professor arrogante tem uma rejeição a si mesmo e não acredita em quase nada do que diz. Como sofre, possivelmente, de complexo de inferioridade, precisa de auto-afirmar usando a platéia cativa de que dispõe: os alunos.

PROFESSOR INSEGURO

Tem medo dos alunos; teme ser rejeitado, não conseguir dar aula, não ser ouvido porque acha que sua voz não é tão boa. Não sabe como passar a matéria apesar de ter preparado tudo; acha que talvez fosse melhor usar outro método; teme que os alunos não gostem de sua forma de avaliação. Começa a aula várias vezes e se desculpa, e pede ainda que esqueçam tudo, e recomeça. Tem receio de que os pais dos alunos não gostem de sua forma de relacionamento com eles, receia também a direção da escola, os outros professores e se vê paralisado, com seu potencial de educador inutilizado.
O medo de fato paralisa e dificulta o crescimento profissional. Apesar de ser um sentimento normal e freqüente, é preciso que seja trabalhado. Um ator quando entra em cena geralmente está tenso, nervoso, mas seu talento consiste em não transmitir essa sensação para a platéia. Ele precisa confiar no que está fazendo e superar a insegurança. Se o professor não acreditar no que diz, será ainda mais difícil ao aluno fazê-lo.

PROFESSOR LAMURIANTE

O professor lamuriante reclama de tudo o tempo todo. Reclama da situação atual do país, da escola, da falta de participação dos alunos, da falta de material para dar um bom curso, do currículo, das poucas aulas que tem para ministrar sua matéria. Passa sempre a impressão de que está arrasado e não encontrar prazer no que faz. Às vezes se aproveita da condição de professor e usa a turma para fazer terapia. Fala do filho, da filha, da empregada, da cozinheira, da ingratidão de amigos etc. Mais uma vez, se trata do abuso da platéia cativa.
A dignidade de um profissional é requisito básico para uma relação de trabalho. No magistério, essa norma é um mandamento, na medida em que o professor trata com pessoas em formação, que não são seus iguais em nenhuma hipótese.

PROFESSOR DITADOR

É aquele que não respeita a autonomia do aluno. Trabalha como se fosse um comandante em batalha; exige disciplina a todo o custo. Grita e ameaça. Não quer um pio, zela pela sala como se fosse um presídio; ninguém pode entrar atrasado nem sair mais cedo; ninguém pode ir ao banheiro, é preciso disciplinar também as necessidades fisiológicas. Dia de prova parece também dia de glória: investiga aluno por aluno, proíbe empréstimo de material, ameaça quem olhar para o lado. Tem acessos de inspetoria higiênica, investiga as unhas das mãos e os cabelos. Grita exigindo silêncio quando o silêncio já reinava desolado na sala.
O professor ditador está perdido na necessidade de poder. Poder e respeito não se impõem, se conquistam. Há determinadas práticas que se perpetuam sem razão; são contraproducentes e muito danosas para o aluno mas, principalmente, fazem muito mal ao professor que as revive.

PROFESSOR BONZINHO

Diferentemente do ditador, o bonzinho tenta forçar amizade com o aluno. Gosta de dizer quanto gosta dos alunos. Traz presentes, dá notas altas indiscriminadamente. Seus alunos decidem se querem a prova com ou sem consulta, em grupo ou individualmente, depois propala sua generosidade. Às vezes ainda tem a audácia de se comparar aos colegas, afirmando que os outros professores não fariam isso. Durante a prova responde as questões para os alunos, para que não fiquem tristes, para que não tirem nota baixa. Concede outra chance e dá outra prova para quem foi mal, idêntica à anterior só para tirar uma nota bem boa. Pede desculpa quando a matéria é muito difícil e só falta pedir desculpa por ter nascido.
A amizade também é um processo de conquista e esse professor acaba sendo motivo de chacota entre os alunos. Tudo o que vem dele parece forçado porque procede de uma carência de atenção e de uma necessidade infantil de aceitação.

PROFESSOR DESORGANIZADO

Esse aparece em aula sem a menor idéia do que vai tratar. Não lê, não prepara as aulas, não sabe a matéria e se transforma em um tremendo enrolador. Sua desorganização é aparente: como não faz planejamento, não sabe o tipo de tarefa que vai propor, então inventa na hora e na aula seguinte não se lembra de cobrar os alunos nem comenta sobre o que havia pedido. Como não sabe o que vai ministrar, põe-se a conversar com os alunos e a discutir banalidades. De repente, para dinamizar a aula, resolve promover um debate: o grupo A defende a pena de morte, o grupo B será contrário à pena de morte, sem nenhum preparo anterior, nenhum subsídio contra ou a favor.
O profissional precisa ter método. A organização é prova do compromisso que ele tem para com os alunos. A improvisação, muitas vezes necessária e enriquecedora, não prescinde do planejamento, como já dissemos.

PROFESSOR OBA-OBA

Tudo é festa! Esse tipo adora as dinâmicas em sala. Projeta muitos filmes, leva algumas reportagens; faz com que os alunos saiam da sala para observar algum fenômeno na rua ou no céu, fala em quebra de paradigmas, tudo conforme pregam os chamados consultores de empresas, mas sem amarração, sem objetividade. A dinâmica pode ser ótima, mas é preciso que o aluno entenda por que ele está fazendo parte daquela atividade. O filme pode ser fantástico, mas se cada dia vier um filme diferente e não houver discussão, aprofundamento, perde-se o sentido. Há aquele professor que gosta de levar música para a sala de aula, comentar uma letra da MPB ou explicar As quatro estações, de Vivaldi. É interessante, desde que não se faça isso sempre, porque os alunos sentem falta do nexo com a matéria que devem aprender. E o que deveria ser um elemento agradavelmente surpreendente se transforma em motivo de chacota.
Esse professor é bem intencionado, não há dúvida. Mas falta-lhe estabelecer com os alunos a relação desses jogos de sensibilização com o conteúdo da matéria que cabe a ele ministrar.

PROFESSOR LIVRESCO

Ao contrário do oba-oba, o professor livresco tem uma vasta cultura. Possui um profundo conhecimento da matéria, mas não consegue relacioná-la com a vida. Ele entende de livros, não do cotidiano. Além disso, não utiliza dinâmica alguma, não muda a tonalidade da voz, permanece o tempo todo em apenas um dos cantos da sala e suas ações são absolutamente previsíveis. Todos sabem de antemão como vai começar e como vai terminar a aula; quanto tempo será dedicado para a exposição da matéria, quanto tempo para eventuais questionamentos. Não importa se o aluno está acompanhando ou não seu raciocínio, ele quer dizer tudo o que preparou para ser dito.
Apesar de ter embasamento, dominar o conteúdo, é necessário aprimorar a forma, trabalhar com a habilidade da didática. Ensaiar mudança na metodologia. Às vezes, o professor livresco piora quando resolve inovar: leva um retroprojetor para a sala, e as lâminas contêm, transcrito, tudo o que vai ler em voz alta. E aquela aula se torna interminável e cansativa.

PROFESSOR "TÔ FORA"

Ele não se compromete com a comunidade acadêmica. Não quer saber de reunião, de preparação de projetos comuns, de vida comunitária. Nem festa junina, nem gincana cultural ou esportiva, nem festa de final de ano. Ele dá sua aula e vai embora. Muitas vezes é até bom professor, mas não evolui sua relação social nem o conteúdo interdisciplinar porque não está presente. Alguns são arrogantes a ponto de achar que não têm o que aprender, que estão acima dos outros professores e portanto não vão ficar discutindo bobagens. Outros estão preocupados com as lutas do dia-a-dia pela sobrevivência e como não estão ganhando para trabalhar em festas juninas, por exemplo, se negam a participar.
O processo educativo é comunitário. O bom ambiente escolar depende da participação de todos. A mudança dos paradigmas ocorre quando cada um dá sua parcela de contribuição e é capaz de permitir que o outro também opine, também participe. Ninguém é uma ilha de excelência que prescinda de troca de experiências.

PROFESSOR DEZ QUESTÕES

Para sua própria segurança, o professor "dez questões" reduz tudo o que ministrou num só bimestre a um determinado número de questões: dez, nove, 15, não importa. Ele geralmente passa toda a matéria no quadro-negro ou em forma de ditado. Quando há livro, pede que os alunos leiam o que está ali e façam resumo ou respondam às questões. Corrige, se necessário, questão por questão. Geralmente as questões não são relacionais, não são críticas. No campo das ciências exatas, o aluno deve decorar as fórmulas para a solução dos problemas. E no fim do bimestre o professor apresenta algumas questões que os alunos devem decorar para a prova. Em sua "generosidade" avisa que dessas dez questões vai usar apenas cinco na prova. Ou alunos decoram ou, se forem mais astutos, colam; acabada a prova, joga-se fora a cola ou joga-se fora da memória aquilo que foi decorado. No outro bimestre, como o ponto é outro, haverá outras dez questões para ser decoradas e assim sucessivamente: a aprendizagem não significou nada a não ser algumas técnicas de memorização e de burla.
É inadmissível que com tantos recursos à disposição um professor se sirva de técnicas antiquadas e sem sentido. Exigir que um aluno decore coisas cujo sentido ele nem percebe, que nem mesmo tornarão a ser mencionadas no decorrer dos estudos, constitui um absurdo que será antes de mais nada constatado pelo próprio aluno.

PROFESSOR TIOZINHO

"Tiozinho", no sentido depreciativo, é aquele professor que gasta aulas e mais aulas dando conselhos aos alunos. Trata-os como se fossem seus sobrinhos, quer saber tudo sobre a vida deles, o que fazem depois da escola, aonde vão, os lugares que freqüentam e emite opiniões em assuntos de cunho privado que absolutamente não competem a ele. O professor tiozinho de sente um pouco psicólogo também, e maus psicólogo, é claro. Começa desde logo a diagnosticar os problemas dos alunos e se acha qualificado para isso.
Geralmente conselho não funciona com aluno. O espaço que o professor dá é aquele que permite ao aluno sentir-se à vontade para conversar, nunca para que se sinta obrigado a expor sua vida privada em sala porque o professor quer ser um "tio" bom. E isso não muda comportamento; a amizade e a confiança não podem ser forçadas, nascem de um movimento natural de convivência saudável.

PROFESSOR EDUCADOR

O professor que se busca construir é aquele que consiga de verdade ser um educador, que conheça o universo do educando, que tenha bom senso, que permita e proporcione o desenvolvimento da autonomia de seus alunos. Que tenha entusiasmo, paixão; que vibre com as conquistas de cada um de seus alunos, não descrimine ninguém, não se mostre mais próximo de alguns, deixando os outros à deriva. Que seja politicamente participativo, que suas opiniões possam ter sentido para os alunos, sabendo sempre que ele é um líder que tem nas mãos a responsabilidade de conduzir um processo de crescimento humano, de formação de cidadãos, de fomento de novos líderes.
Ninguém se torna um professor perfeito, aliás aquele que se acha perfeito, e portanto nada mais tem a aprender, acaba de transformando num grande risco para a comunidade educativa. No conhecimento não existe o ponto estático - ou se está em crescimento, ou em queda. Aquele que se considera perfeito está em queda livre porque é incapaz de rever seus métodos, de ouvir outras idéias, de tentar ser melhor.


A grande responsabilidade para a construção de uma educação cidadã está nas mãos do professor. Por mais que o diretor ou o coordenador pedagógico tenham boa intenção, nenhum projeto será eficiente se não for aceito, abraçado pelos professores porque é com eles que os alunos têm maior contato.
O artigo 13 da LDB sobre a função dos professores:

Artigo 13 - Os docentes incumbir-se-ão de:
I. participar da elaboração da proposta pedagógica do estabelecimento de ensino;
II. elaborar e cumprir plano de trabalho, segundo a proposta pedagógica do estabelecimento de ensino;
III. zelar pela aprendizagem dos alunos;
IV. estabelecer estratégias de recuperação dos alunos de menor rendimento;
V. ministrar os dias letivos e horas-aula estabelecidos, além de participar integralmente dos períodos dedicados ao planejamento, à avaliação e ao desenvolvimento profissional;
VI. colaborar com as atividades de articulação da escola com as famílias e a comunidade.

Nota-se que o papel do professor, segundo a LDB, está muito além da simples transmissão de informações. Dentro do conceito de uma gestão democrática, ele participa da elaboração da proposta pedagógica do estabelecimento de ensino, isto é, decide solidariamente com a comunidade educativa o perfil de aluno que se quer formar, os objetivos a seguir, as metas a alcançar. E isso não apenas no tocante a sua matéria mas toda a proposta pedagógica.
A LDB discorre sobre a elaboração e o cumprimento do plano de trabalho, trazendo à tona a organização do professor e a objetividade no exercício de sua função. No tocante à aprendizagem dos alunos, fala em zelo no sentido de acompanhamento dessa aprendizagem, que se dá de forma heterogênea, individual. Zelar é mais do que avaliar, é preocupar-se, comprometer-se, buscar as causas que dificultam o processo de aprendizagem e insistir em outros mecanismos que possam recuperar os alunos que apresentem alguma espécie de bloqueio para o aprendizado.
O professor só conseguirá fazer com que o aluno aprenda se ele próprio continuar a aprender. A aprendizagem do aluno é, indiscutivelmente, diretamente proporcional à capacidade de aprendizado dos professores. Essa mudança de paradigma faz com que o professor não seja o repassador de conhecimento, mas orientador, aquele que zela pelo desenvolvimento das habilidades de seus alunos. Não se admite mais um professor mal formado ou que pare de estudar.
O artigo termina falando da colaboração do professor nas atividades de articulação da escola, com as famílias e a comunidade. Aliás, para que o processo de aprendizagem seja eficiente, os atores sociais precisam participar e essa articulação é imprescindível. A parceria escola/família, escola/comunidade é vital para o sucesso do educando. Sem ela a já difícil compreensão do mundo por parte do aluno se torna cada vez mais complexa. Juntas, sem denegar responsabilidades, a família, a escola, a comunidade podem significar um avanço efetivo nesse novo conceito educacional: a formação do cidadão."

"Para ser grande, sê inteiro: nada teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa. Põe quanto és no mínimos que fazes.
Assim em cada lago a lua toda brilha, porque alta vive.”·


(Ricardo Reis)··(Esse trecho faz parte do livro Educação - A solução está no afeto, de Gabriel Chalita, Editora Gente)”.

COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA


COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA


Revisar e refletir sobre as práticas pedagógicas leva o educador e, conseqüentemente a escola, à assumirem um papel diferenciado frente ao educando.
Descobrir um espaço nos processos de ensinar e aprender que visualize a importância do vínculo e, conseqüentemente do aspecto afetivo, faz do educador um ser transformador.
Esse diferencial é a garantia de um crescimento mútuo do educador e do educando.
O educador, enquanto profissional atento ao seu contexto, é um construtor da história, portanto, sua ação não poderá em momento algum ser entendida e praticada como um fazer neutro. Na verdade, o educador atento possibilita um processo ensino-aprendizagem em que educador e educando tornam-se aprendentes e ensinantes.
A função da Coordenação pedagógica é coordenar o planejamento pedagógico para qualificar a ação do coletivo da escola, vinculando e articulando o trabalho à Proposta Pedagógica da instituição. Possibilita também, a construção e o estabelecimento de relações entre todos os grupos que desempenham o fazer pedagógico, refletindo e construindo ações coletivas.

segunda-feira, maio 24, 2010

Conselhos




A Escolha da Profissão

O jovem de 17 ou 18 anos, ao decidir qual carreira seguirá, está provavelmente tomando a decisão mais difícil de sua vida até esse momento. Atualmente, com o aumento do número de cursos oferecidos, a escolha torna-se mais dolorosa ainda, sem contar que a pressão familiar pode contribuir ainda mais com a indecisão.

É importante lembrar que o jovem, nesta hora, deve primeiramente ouvir a si mesmo, equalizando sua razão e seus sentimentos.

Escolher uma profissão simplesmente porque se tem facilidade para algumas matérias no Ensino Médio pode ser um equívoco. Deve-se pensar que a vida profissional é muito diferente da vida de estudante. Fazer sua opção porque determinada carreira está em moda, descartando outras mais tradicionais por considerá-las saturadas, também pode não ser uma boa idéia, já que o mercado é muito dinâmico e a realidade, em cinco anos, será totalmente diferente.

Para minimizar esses dilemas, sugerimos que o jovem reúna o máximo possível de informações sobre a carreira que deseja seguir; elas podem ser conseguidas através de um processo de orientação vocacional/profissional, que também o ajudará a entender quais são suas características pessoais.
O jovem deve preparar-se para escolher bem e defender suas escolhas, tanto para si quanto para os outros, estando apto a enfrentar as dificuldades que encontrará. Também ajuda pensar que nenhuma escolha é definitiva. Além da possibilidade de mudar, existe a de exercer atividades diferentes depois da graduação.

Vale ainda lembrar que esta opção tão importante deve ser feita livremente das influências do meio e de acordo com a individualidade de cada um. Quando se está em uma profissão e por ela se sente uma afinidade grande, uma espécie de amor; quando o indivíduo se sente satisfeito com o que faz, ele conseqüentemente estará mais feliz. Mais feliz, satisfeito com sua profissão, buscará se aprimorar dentro dela. Aprimorando-se dentro da sua profissão e exercendo-a com prazer, garantirá o seu futuro profissional e, conseqüentemente, os ganhos pessoais serão maiores.

Esse é o equilíbrio que tanto se busca, é a partir do trabalho que o homem deixa de ser apenas mais um na sociedade para construir seu espaço dentro dela.

domingo, maio 23, 2010

Autoconhecimento e profissão

Pode até parecer estranho vincular as palavras autoconhecimento e profissão num título, mas na Era do Conhecimento é impossível falar de profissão sem falar de autoconhecimento como condição essencial, desde o momento da escolha da profissão e/ou até mesmo na reflexão que se faz quando já se é um profissional.
Por que se autoconhecer? Como isso pode fazer diferença na escolha de uma profissão? O que há de tão importante no processo de autoconhecimento que pode contribuir para a melhoria da vida profissional?

Acreditamos que há muito a descobrir acerca do assunto, e o que podemos garantir é que quanto mais soubermos sobre nós, nossos potenciais, nossas limitações, nossos desejos, nossos anseios, melhores poderemos ser no que nos propusermos a fazer.

Ao escolhermos uma profissão (ou ao pensarmos na escolha de uma), precisamos saber qual é nosso projeto de vida. O que necessitamos fazer para realizá-lo. Isso só se responde com muita dedicação e reflexão sobre si mesmo. Não se trata de tarefa fácil, e é frequente não se encontrar maduro o suficiente para responder a tais questionamentos. Mas eles são necessários.

É preciso supor como nos sentiríamos diante de situações absolutamente corriqueiras em determinadas profissões. Por exemplo: há profissões que exigem que se fale em público (professor, jornalista, advogado, vendedor e outras); no entanto, mesmo quando temos que contar algo dentro de casa, com pessoas próximas, ou, ainda, relatar um fato a alguém, temos dificuldade em organizar o pensamento, a sequência lógica dos acontecimentos e, mais que isso, ficamos aprisionados à ideia de que os outros podem estar prestando muita atenção em nós, o que nos tira completamente o chão. Sendo assim, por que escolheríamos uma profissão em que isso seria recorrente, se o dia a dia passaria a ser um incômodo?

Para descobrir isso, somente buscando autoconhecimento permanente e procurando perceber em que nos damos bem e em que temos dificuldades. Acreditar que isso um dia poderá ser superado é condição básica, desde que se procure uma ajuda. Caso contrário, o ideal é encontrar o “seu jeito de ser” e nele identificar profissões que façam sentido para você. Sem pressão, sem agressão e com a crença em que todas as profissões são necessárias para a humanidade e em que dela precisamos conhecer o máximo que pudermos, porém sem esquecermos que precisamos nos conhecer primeiro.


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Artigo impresso de Joseph Razouk Jr.: http://blog.educacional.com.br/joseph_razouk

Endereço do artigo:
http://blog.educacional.com.br/joseph_razouk/2010/03/12/autoconhecimento-e-profissao/

Carreiras do futuro

Os avanços tecnológicos e as mudanças culturais e econômicas vividas nas últimas décadas trouxeram consequências para o mercado de trabalho. Profissões que costumavam ser amplamente valorizadas, hoje, disputam espaço com novas áreas de atuação. Quem está prestes a ingressar no mercado de trabalho deve prestar atenção nessas transformações.

A pesquisa Delphi — Carreiras do Futuro, realizada este ano pelo Profuturo (Programa de Estudos do Futuro), da FIA (Fundação de Instituto de Administração), fornece um panorama interessante sobre as novas tendências do mercado de trabalho.

Os dados coletados apontam que alguns setores estarão mais ativos para atender à demanda por qualidade de vida, consciência ecológica, saúde e tecnologia, buscadas atualmente, assim como as mudanças decorrentes da globalização e do desenvolvimento tecnológico.

Áreas voltadas à biotecnologia, nanotecnologia, medicina, turismo, lazer, Internet e seus serviços (compras, comunicação, entretenimento), meio ambiente e serviços para terceira idade representarão, nos próximos anos, excelentes opções para quem deseja se destacar profissionalmente.

A Educação também será um setor promissor, uma vez que as organizações terão de investir em mão de obra qualificada, que acompanhe as inovações tecnológicas e o grau de especialização exigido por um mercado altamente competitivo.



Confira algumas profissões e áreas promissoras no mercado do futuro:

Biotecnologia — a área engloba diversos setores (como saúde, meio ambiente, agricultura e industrial) e as profissões ligadas à nanotecnologia, ao desenvolvimento de medicamentos, a alimentos, a cosméticos, aos transgênicos, à biossegurança, à engenharia genética, ao controle de pragas, entre outras. Cursos como Ciências biológicas, Biomedicina, Farmácia, Ciências agrárias também estão relacionados a tal área. Atualmente, existem cursos de graduação em Biotecnologia e diversas especializações relacionadas a ela.

Engenharia mecatrônica — a profissão está relacionada aos processos de criação, gerenciamento e controle da automação industrial, sistemas de informação, sistemas de biotecnologia. O profissional dessa área pode atuar nos setores automobilístico, petroquímico, alimentício, de embalagens, entre outros.

Engenharia ambiental — com o aumento da preocupação com as questões ambientais, a área está em ascensão. O profissional atua em projetos voltados para o desenvolvimento sustentável, auxiliando empresas, indústrias e governos na elaboração de projetos de recuperação e de utilização consciente dos recursos naturais.

Design — a área é bastante abrangente e engloba moda, decoração, design de produtos, embalagens, Web e games. A Internet vem abrindo inúmeros caminhos, unindo criatividade e tecnologia.

Administração — compreende as áreas de finanças, tributação, aposentadoria, recursos humanos, marketing, tecnologia e meio ambiente. Em todas elas, o profissional da administração tem boas chances de colocação no mercado de trabalho, ajudando as mais variadas organizações no gerenciamento de processos internos, com o intuito de aumentar seu lucro e sua produtividade .

Enem 2010 terá "esquema de segurança máxima"

21/05/2010 - Enem 2010 terá "esquema de segurança máxima"

“Segurança máxima” foi a expressão mais usada por José Soares Neto quando o assunto Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) vinha à conversa. “Exames bem estruturados garantem condições iguais [aos seus participantes]. Esse desenho faz parte de uma democracia desenvolvida”, disse Soares Neto. A “estrutura” de que fala o professor tem lhe consumido horas extras nesses cinco primeiros meses de trabalho, em que a operação do Enem foi consolidada nos moldes da aplicação emergencial do ano passado.

Nessa nova configuração, o Inep toma as rédeas da contratação de quem imprime, distribui e aplica o Enem. Anteriormente ao vazamento da prova, essas três atribuições eram da empresa que arrematasse a licitação. “Com isso, estamos olhando o processo de ponto a ponto. Isso faz com que tenhamos mais controle sobre o processo”, explica.

Ex-presidente do Cespe (Centro de Seleção e de Promoção de Eventos) da UnB (Universidade de Brasília), Soares Neto assumiu a autarquia do MEC após o afastamento de Reynaldo Fernandes que deixou o cargo após desgaste por causa do vazamento da prova. Em sua primeira entrevista no cargo, o presidente conversou com o UOL Educação sobre o Enem. Veja trechos da conversa:

UOL Educação: Quais são as principais mudanças no Enem 2010?

José Soares Neto: O Inep vai abrir um contrato por processo [um para Enem, outro para Enade (Exame Nacional de Desempenho de Estudantes)]. [No caso do Enem], vamos preparar um pregão para contratar a gráfica de segurança máxima. Para a distribuição, os Correios estão preparando uma estrutura para o Inep, de segurança máxima. E a aplicação da prova ficará a cargo de um órgão especializado – que será contratado por sua reconhecida competência, com dispensa de licitação.

UOL: Em relação à segurança, quais seriam os destaques?

Soares Neto: Houve diversas modificações com o aconselhamento da PF (Polícia Federal). A gráfica, por exemplo, terá de atender a uma série de exigências. Haverá câmeras monitorando todo o processo – e com acompanhamento em tempo real, como no Big Brother. [Será possível vigiar] qualquer movimento que leve a qualquer suspeição. Os funcionários passarão por revista na entrada e na saída [de seus turnos de trabalho]. O esquema será de segurança máxima, será impossível sair com qualquer material e entrar com qualquer equipamento. Para atestar se a gráfica tem condições de cumprir o contrato, a vencedora do pregão terá que ser atestada pela ABTG (Associação Brasileira de Tecnologia Gráfica).

UOL: E quanto à distribuição?

Soares Neto: Os Correios estão preparando uma estrutura especial para o Inep [Irão repetir o esquema de transporte de valores que foi adotado no Enem 2009 após o vazamento da prova]. Qualquer deslocamento [para que as provas cheguem aos locais de aplicação do exame] será com batedores [agentes de segurança das Forças Armadas ou da PF]. E, a cada etapa [do processo, seja de impressão ou distribuição], sempre haverá dois agentes públicos [pelo menos um funcionário do Inep e um funcionário da gráfica, por exemplo]. Essa técnica veio do aconselhamento da PF.

UOL: A dispensa de licitação para contratar a aplicadora da prova estava em negociação. Está tudo acertado?

Soares Neto: Sim. Estamos trabalhando com uma segurança jurídica muito grande. Ao selecionar para o ingresso nas universidades federais, o Enem passou a ser um concurso. E, como tal, pode dispensar licitação da empresa [ou fundação] que vai aplicá-lo. Esse entendimento está bastante consolidado.

UOL: E o Inep não tem apenas o Enem para administrar, não é? Existem ainda o Enade, a Prova Brasil, o Censo da Educação...

Soares Neto: O país está crescendo, qualitativamente e quantitativamente [e, com isso, as avaliações estão ficando mais sofisticadas]. A Prova Brasil [que compõe o Ideb, Índice de Desenvolvimento da Educação Básica] está atrelada à gestão de recursos. O Enem saiu de uma avaliação e é instrumento de seleção para vagas de faculdade, como critério do Prouni e do Fies (respectivamente programas de bolsas e de financiamento estudantil do governo federal). Se os exames estiverem bem esruturados, você passa a ter critérios impessoais e imparciais de seleção – você estará medindo a proficiência. O papel do Inep é estruturar bem metodologicamente e operacionalmente essas avaliações. Posso dizer que estamos fazendo nossa lição de casa com muito capricho.

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Fonte: Todos pela Educação

Programando os estudos

As pessoas têm diferentes maneiras de estudar: algumas gostam de fazer um resumo dos pontos mais importantes, outras preferem ler a matéria em voz alta, e assim por diante. Realmente, para cada pessoa, existe um método que funciona melhor. No entanto, quando se fala sobre a frequência dos estudos, assim como sobre a forma de se preparar para eles, há alguns procedimentos que parecem auxiliar a todo mundo. Trata-se de uma programação dos estudos, ou seja, de uma forma de se organizar para facilitar a aprendizagem.

Atualmente, sabe-se que uma programação de estudos realizada desde o início do ano traz muitos benefícios, como, por exemplo: evita-se o acúmulo de matérias para estudar em véspera de prova e, com isso, a irritação e o “desespero” desse período; sobra tempo para atividades de lazer, como os esportes e encontros com os amigos; evitam-se as reclamações dos pais, que, é claro, ficam furiosos quando não veem os filhos estudando, e ainda melhora-se o desempenho nas provas.

Mas como se programar para os estudos? Mais ainda, como permanecer organizado durante o ano todo? Afinal, não adianta nada fazer uma programação e não colocá-la em prática, não é mesmo? Para quem está disposto a experimentar os benefícios do estudo organizado, seguem algumas dicas que podem ajudar:

Se possível, estabeleça um local na sua casa que seja específico para os estudos, de preferência um local arejado, tranquilo e confortável.
É muito fácil nos distrairmos com outras coisas quando estamos estudando e, por isso temos de nos programar para evitar que isso aconteça. Algumas sugestões são: não deixe a televisão ligada; feche seu MSN ou outros programas do computador que possam atrapalhá-lo; coloque seu celular no silencioso e peça a seus familiares para não o interromperem.
Estabeleça um horário durante o dia para se dedicar aos estudos. A rotina é muito importante, até para educar seu organismo, ou seja, para que ele comece a se habituar ao momento do dia em que precisa estar atento e concentrado.
Estabeleça uma ordem de matérias a estudar. Alguns preferem iniciar com as mais difíceis e outros, com as mais fáceis. Verifique o que é melhor para você! O importante é não acumular matéria e, caso isso aconteça, procure compensar no dia seguinte, evitando o acúmulo semanal ou mensal.
Faça pequenos intervalos, de 5 a 10 minutos, durante seu horário de estudos. Quando perceber que está difícil manter a atenção, saia um pouco do local e faça algo que seja agradável.
Evite exageros. O ideal é ter tempo para estudar e também para atividades de lazer. A atividade física, além de ser prazerosa, ajuda a relaxar e a manter a boa disposição.
Para quem vai fazer vestibular, seguem algumas dicas adicionais, que também podem ser úteis:

Mantenha-se informado sobre as notícias da atualidade, pois elas podem cair em redações. Leia ou assista jornais diários e fique ligado em noticiários da Net.
Procure conhecer as perguntas e respostas das provas de vestibulares anteriores para se familiarizar com os tipos de questões.
Leia os livros obrigatórios durante o ano e faça resumos sobre as principais características da obra e do autor.
Após colocar em prática sua programação de estudos, faça os ajustes que considerar necessários, de acordo com o que é melhor para você. Afinal, o que funciona para uma pessoa pode não funcionar para a outra. Um excelente início de ano para você e programe-se!


Juliana Gavazzoni

terça-feira, maio 18, 2010

DISCIPLINA LIMITES SEM SOFRIMENTO

Colocar limites, porém, nem sempre é fácil. A tentação de ficar irritada e começar a gritar pode ser grande.

1) - Acima de tudo seja coerente: Não confunda as crianças com graus de aceitação diferentes perante um determinado comportamento. Se subir na cadeira for uma proibição sua, esta deve ser sempre uma proibição. Se você deixar num dia e não deixar no outro, as crianças tentarão tirar proveito dessa brecha. "Apenas alunos com hiperatividade ou alguma deficiência devem receber, eventualmente, um tratamento diferenciado. E isso os colegas de classe conseguem entender".

2) - Altere a voz e a expressão, mas não grite: Quando fizer uma censura, altere a voz para marcar a emoção, mas não se mostre muito irritada, pois pode parecer que você não se sente capaz de controlá-los. Em caso de balbúrdia geral, adote códigos de silêncio: - Bata palma 3 vezes; - Apague a luz; - Comece a cantar; - Pare tudo e sente-se.


3) - Combine as regras de antemão: Essa atitude impede que você tenha de explicar a razão de uma regra no momento em que ela é quebrada. E a melhor forma de chegar às regras que valerão a todos é a chamada assembléia. "Promova uma assembléia: Em roda, estimule-os a expressar o que consideram certo e errado. Fale você também. Os motivos das regras devem ser discutidos nessa hora. Assim, no momento de chamar a atenção de um aluno, diga "Lembra que isso é errado?", partindo do princípio de que a justificativa já foi dada."

4) - Não peça para a criança refletir: Se tiver de refletir quando faz algo errado, a criança pode acabar relacionando a reflexão a algo negativo. Como a reflexão é essencial no aprendizado e na vida em geral, evite ligá-la a situações de repreensão.

5) - Adote a cooperação: A cooperação pode ser um santo remédio para maus comportamentos. Peça para os alunos arrumarem a classe com você ou para participar do "conserto" de algo que fez: se machuca um colega, pode ajudar no curativo.

7) - Expressão dos sentimentos: Dizer "Não gostei" ou "Isso me ofende" é muito válido, pois, na vida em sociedade, sempre teremos de lidar com os limites das outras pessoas. Se você se expressa, mostra ao aluno que tem sentimentos a ser respeitados.

8) - Dê exemplos positivos: Não basta dizer que a atitude está errada. Especifique com o aluno como poderia ter sido diferente.

IMPORTANTE!

- A autoridade da classe é a professora: seja firme!- Se a turma inteira estiver desinteressada, questione-se sobre a atividade.Ela pode não ser adequada.- Só comunique os pais se o aluno apresentar especial dificuldade com regras.- Lembre-se: crianças de até 6 anos não têm disposição para ouvir sermões.Faça observações curtas e diretas, como "Isso não pode" e "Pare com isso".

(Dicas da Psicóloga Daniela Alonso, de São Paulo, para a Revista "Guia Prático para Professoras de Educação Infantil" de setembro de 2005. )

OS DEZ MANDAMENTOS DO DEVER DE CASA

1. Jamais faça a lição por seu filho ou permita que outros o façam (avós, empregada, irmão mais velho, amigo). Tenha clareza de que a lição é de seu filho e não sua, portanto, ele tem um compromisso e não você. Deixe-o fazendo a sua tarefa e vá fazer algo seu. Ele precisa sentir que o momento da tarefa é dele.

2. Organize um espaço e um horário apropriados para ele fazer as tarefas.

3. Troque idéias ou formule perguntas para ajudar no raciocínio, mas só se for requisitado. Não dê respostas, faça perguntas, provoque o raciocínio.

4. Oriente, a correção fica a cargo do professor. Importante: não vale apagar o erro de seu filho. Quem deve fazer isso é o professor. Aponte os erros (torne o erro construtivo).

5. Diga "tente novamente" diante da queixa. Refaça. Recomece. Caso seu filho perceba que errou, incentive-o a buscar o acerto ou uma nova resposta. Demonstre com exemplos que você costuma fazer isso. Nesse caso, valem os itens anteriores para reforçar este.

6. Torne o erro construtivo. Errar faz parte do processo de aprender (e de viver!). Converse, enfatizando a importância de reconhecermos os nossos erros e aprendermos com eles. Conte histórias que estão relacionadas a equívocos.

7. Lembre-se de que fazem parte das tarefas escolares duas etapas: as lições e o estudo para rever os conteúdos. As responsabilidades escolares não findam quando o aluno termina as lições de casa. Aprofundar e rever os conteúdos é fundamental.

8. Não misture as coisas. Lição e estudar são tarefas relacionadas à escola. Lavar a louça, arrumar o quarto e guardar os brinquedos são tarefas domésticas. Os dois são trabalhos, no entanto, de naturezas diferentes. Não vincule um trabalho ao outro, e só avalie as obrigações domésticas.

9. Não julgue a natureza, a dificuldade ou a relevância da tarefa de casa. A lição de casa faz parte de um processo que começou em sala de aula e deve terminar lá. Se você não entendeu ou não concordou, procure a escola e informe-se. Seu julgamento pode desmotivar seu filho e até mesmo despotencializar a professora e, conseqüentemente, a tarefa de casa e seus objetivos.

10. Demonstre que você confia em seu filho, respeita suas iniciativas e seus limites e conhece suas possibilidades. Crie um clima de camaradagem e consciência na família, mas não deixe de dar limites e ser rigoroso com os relapsos e irresponsabilidades.

Isabel Cristina Parolin, autora do livro Pais Educadores - É Proibido Proibir?, Ed. Mediação.

"Depende de nós Se este mundo ainda tem jeito Apesar do que o homem tem feito Se a vida sobreviverá..."

A Importância do Entusiasmo

A palavra entuasiasmo vem do grego e significa ter um Deus dentro de si. Os gregos eram politeístas, isto é, acreditavam em vários deuses. A pessoa entusiasmada era aquela que era possuída por um dos deuses e por causa disso se você fosse entusiasmada por Ceres(deusa da agricultura) você seria capaz de fazer acontecer a melhor colheita, e assim por diante. Segundo os gregos, só pessoas entusiasmadas eram capazes de vencer os desafios do cotidiano. Era, preciso portanto, entusiasmar-se.
Assim o entusiasmo é diferente do otimismo, otimismo significa em acreditar que uma coisa vai dar certo. Talvez até torcer para que ela dê certo. Muita gente confunde otimismo com entusiasmo. No mundo de hoje, na empresa de hoje, é preciso ser entusiasmado. A pessoa entusiasmada é aquela que acredita na sua capacidade de transformar as coisas, de fazer dar certo. Entusiasmada é a pessoa que acredita em si. Acredita nos outros - acredita na força que as pessoas t~em de transformar o mundo e a própria realidade. E só há uma maneira de ser entusiasmado. É agir entusiasticamente! Se formos esperar ter as condições ideais primeiro, para depois nos entusiasmarmos, jamais nos entusiasmaremos com coisa alguma, pois sempre teremos razões para não nos entusiasmarmos.
Não é o sucesso que traz o entusiasmo, é o entusiasmo que traz sucesso. Conheço pessoas que ficam esperando as condições melhorarem, a vida melhorar, o sucesso chegar, para depois se entusiasmarem, a verdade é que jamais se entusiasmarão com coisa alguma. O entusiasmo é que traz nova visão da vida.
Gostaria de perguntar a você e ao seu pessoal como vai o seu entusiasmo? Como vai seu entusiasmo pelo Brasil? Por sua empresa? Por seus filhos? Pelo sucesso de seus amigos? Se você é daqueles que acha impossível entusiasmar-se com as condições atuais, acredite, jamais sairá dessa situação! É preciso acreditar em você, acreditar na sua capacidade de vencer de construir o sucesso, de transformar a realidade. Deixe de lado todo o negativismo. Deixe de lado o ceticísmo, abandone a descrença e seja entusiasmado com sua vida e principalmente entusiasmado com você.
Blog da Rosely Saião

Os desafios das novas famílias

Temos uma grande novidade no mundo contemporâneo: as novas famílias, construídas principalmente a partir de separações e novos casamentos, mas também de uniões que dão origem a famílias antes impensadas, como as que têm como matriz a união de um casal homossexual.
Homens e mulheres que um dia se uniram e tiveram filhos e depois estabeleceram novas relações -homossexuais após a primeira ter sido heterossexual, inclusive- criaram novos grupos familiares bem complexos. E as relações entre os integrantes desses grupos diversos têm sido um grande desafio.
Recebo com freqüência mensagens de leitores que falam a respeito dessas dificuldades: o relacionamento com ex-maridos e ex-mulheres dos primeiros casamentos tem sido o tema campeão, em pé de igualdade com a relação com enteados e com filhos, que agora convivem com pais que estabeleceram relações muito diferentes das originais.Além das uniões homossexuais, há os casais com diferenças de idade fora do padrão, ou seja, o homem mais novo que a mulher. Muitas mulheres com filhos adolescentes se uniram a homens bem mais novos, com idade próxima à de seus filhos.
Vale a pena lembrar, em primeiro lugar, que tudo o que estava implícito em uma união estabelecida por um casal agora não pode mais ser considerado como certo: tudo deve e precisa ser explicitado, acordado, pactuado pelas duas pessoas -quem sabe três?- que decidem se unir e compartilhar a vida presente e, se der tudo certo, futura. Trata-se, em suma, de um contrato sem precedentes entre pessoas que pretendem compartilhar a vida. O casamento -ou o relacionamento, como muitos têm chamado- precisa ser reinventado.
Desse modo, temas como fidelidade, respeito, companheirismo, tipo de relação a ser estabelecida com os ascendentes e descendentes -inclusive os da união anterior- precisam ser motivo de conversas, negociações, ajustes e combinações. E é bom saber, nessa hora, que conviver bem não significa, de modo nenhum, viver sem conflitos. Ao contrário: conviver bem supõe aprender a negociar os conflitos que surgem.
Também não têm mais sentido os papéis atribuídos por antecedência, que funcionavam bem nos casamentos anteriores. Como as funções do homem e da mulher se confundem cada vez mais no mundo contemporâneo, as pessoas precisam saber que compartilhar, colaborar, dialogar e compreender são palavras-chave na construção de um relacionamento. Tudo o mais são modelos a serem superados.
Finalmente, é preciso reconhecer que as novas famílias supõem a reunião de, no mínimo, duas famílias, e isso exige a organização de um novo grupo.Estereótipos que temos da relação entre ex-companheiros, de genros e noras com sogros, de enteados com seus respectivos padrastos são, atualmente, apenas chavões a serem revistos com a originalidade que as novas famílias pedem para que confirmem seu importante papel na contemporaneidade.

Fonte: blog da Rosely Saião

A arte de ensinar


O maior Mestre

A missão do professor sempre se destacou pelo fato de trabalhar com a mais nobre realidade do mundo: o coração e a inteligência do ser humano. Nada é mais importante do que o ser humano. Se é nobre e necessário dominar o aço e os microorganismos, construir casas e computadores, muito mais nobre é formar o homem, senhor de tudo isto. Os sábios gregos já diziam: “dá-me uma sala de aula e mudarei o mundo!”

O jovem e frágil aluno de hoje, será o condutor da nação amanhã; o que for semeado hoje no seu coração, na sua mente e no seu espírito, será colhido amanhã pela sociedade. E o que o aluno espera de um Professor?

Em primeiro lugar que o professor seja honesto e honrado, exigências mínimas de quem carrega o título de mestre. Sabemos que o homem moderno está cansado de discursos, quer ver exemplos. O mestre romano Sêneca dizia que “de nada vale ensinar o que é a linha reta, se não ensinar o que é a retidão”.

Alguém já disse que o aluno só aprende com satisfação, quando o professor ensina com entusiasmo e sabe motivar o aluno. Sem isto o jovem não descobrirá a beleza da disciplina. É verdade que os alunos respeitam o professor que domina a matéria, mas isto ainda não é o suficiente. A primeira missão do professor é motivar para o aprendizado. “Um homem motivado vai à Lua, mas sem motivação não atravessa a rua”.

O aluno espera que o professor tenha paciência com ele que ainda não descobriu a beleza da matéria; tenha a humildade de não usar o seu conhecimento para humilhá-lo, e que não use do poder da avaliação para destruir a sua auto-estima. Ele quer ver o seu Professor fazer da Avaliação um momento, a mais, do aprendizado; elaboradas com equilíbrio, e corrigidas com esmero e justiça, sem fazer da prova uma guerra onde se cobra dele uma maturação na disciplina que ele ainda não teve tempo de alcançar.

O aluno espera que o professor prepare bem as aulas e que gaste tempo para se aprofundar na matéria. Sabemos que para ensinar bem, um pouco de uma disciplina, é preciso saber muito sobre ela. Quanto mais sabemos, mais os alunos gostam de nos ouvir. Nada pior para um aluno do que ter que assistir uma aula maçante, mau preparada, ministrada por alguém que não conhece o que ensina. É um grande desrespeito... para não dizer um crime.

O aluno espera que o professor ensine com didática, competência e clareza; tenha pontualidade de horário, apresentação adequada e saiba dominar a classe com liderança.

Ele quer ver o professor como um amigo que o trata com respeito, confiança, atenção e cordialidade; interessado em tirar as suas dúvidas e a apontar-lhes caminhos novos...

Por dever de consciência, cada professor tem que dar o melhor de si para a boa formação dos jovens. Aí estará, inclusive, a sua maior realização; para a pessoa honesta, é no bojo da virtude que ela encontra a verdadeira recompensa.

Cito algumas recomendações pedagógicas para o bom desempenho de um Professor(a):

1.Saber motivar os alunos para o que vai ensinar.

2.Dominar a matéria e atualizar-se.

3.Preparar bem as aulas.

4.Expor a matéria com clareza, ordem e seqüência lógica.

5.Preparar, aplicar e corrigir as avaliações e provas com esmero, equilíbrio e justiça.

6.Ser assíduo, pontual e bem apresentado.

7.Tratar todos os alunos com respeito, atenção e cordialidade, sem com isto confundir as funções de cada um.

8.Manter a disciplina na classe.

9.Atender bem os alunos e tirar suas dúvidas, seja em classe ou fora dela.

10.Saber valorizar o aluno e orientá-lo no que for necessário.



É no banco da Escola que se formam os homens e as mulheres que um dia exercerão o poder, e conduzirão a História, nas mais variadas atividades e organizações. Muitos já disseram que “as palavras têm mais força do que os canhões”. Esta é a nobre missão: formar a juventude, não só no aspecto científico e técnico, mas também – e principalmente – no aspecto humano, moral e ético. Sem a primazia da pessoa sobre a coisa, da moral sobre a ciência e da ética sobre a técnica, a humanidade corre sérios riscos, como pudemos ver pelas desastradas guerras e morticínios do recém encerrado século XX. O mundo, sem dúvida, encontra-se diante de uma encruzilhada, e o bom caminho a seguir só poderá ser discernido pelo bom entendimento da ciência com a moral. E isto depende de dos professores.
CREIO



Eu creio em mim mesmo. Creio nos que trabalham comigo, creio nos meus amigos e creio na minha família. Creio que Deus me emprestará tudo que necessito para triunfar, contanto que eu me esforce para alcançar com meios lícitos e honestos. Creio nas orações e nunca fecharei meus olhos para dormir, sem pedir antes a devida orientação a fim de ser paciente com os outros e tolerante com os que não acreditam no que eu acredito. Creio que o triunfo é resultado de esforço inteligente, que não depende da sorte, da magia, de amigos, companheiros duvidosos ou de meu chefe. Creio que tirarei da vida exatamente o que nela colocar. Serei cauteloso quando tratar os outros, como quero que eles sejam comigo. Não caluniarei aqueles que não gosto. Não diminuirei meu trabalho por ver que os outros o fazem. Prestarei o melhor serviço de que sou capaz, porque jurei a mim mesmo triunfar na vida, e sei que o triunfo é sempre resultado do esforço consciente e eficaz. Finalmente, perdoarei os que me ofendem, porque compreendo que às vezes ofendo os outros e necessito de perdão.




domingo, maio 16, 2010

O Olhar do Educador

PALAVRAS DA COORDENADORA

Acredito que a responsabilidade da formação de nossos jovens cabe à escola e à família, educando-os dentro da ética, respeito e integridade, para que não sejam meros detentores de conhecimento, mas protagonistas de suas vidas.
Nosso compromisso é criar processos que desenvolvam suas habilidades e competências para serem líderes, cidadãos do mundo com autonomia, criticidade, aptos para negociar, debater propostas facilitando resultados.
Estou sempre a disposição para compartilhar experiências e ajudar no que for preciso, pois acredito e trabalho com a equação:

ESCOLA + FAMÍLIA = EDUCAÇÃO DE QUALIDADE.